domingo, 27 de fevereiro de 2011

"A lá" Petckovic


Lembram-se em 2001, final do Campeonato Carioca, 43 minutos do 2º tempo, 0 x 0, e uma falta para o Flamengo, distante do gol.

O meia Petckovic ajeitou a bola, olhou para o gol, e fez uma cobrança espetacular, tirando a "redonda" da baliza, mas com a curva, colocou-a no lugar que merece. Gol de craque.

Neste domingo (27), outro craque, que merecia jogar no Maracanã lotado, fez quase a mesma coisa, pelo mesmo time.

O rubro-negro carioca ia empatando com o modesto Boavista, com o Engenhão lotado, e não conseguia aplicar bons ataques.

Até que em uma falta, próxima a área, adivinhem? Ronaldinho Gaúcho, ajeitou a bola, olhou para o gol, e fez uma cobrança espetacular, tirando a "redonda" da baliza, mas com a curva, a colocou o lugar que merece. Gol de craque.

Coincidências a parte, apenas os diferenciados conseguem.

Flamengo campeão da Taça Guanabara.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Semana de oxigenação do nosso futebol


Clássico dos milhões e jogo da Copa do Brasil, com a presença de time da Série A. A semana está movimenta no estádio Eurico Gaspar Dutra, o Dutrinha, e pode ser o gás que faltava, para fazer com que o cuiabano volte a se animar com o futebol. É a semana de oxigenação do esporte mais tradicional do nosso país.

Neste domingo o estádio voltou a ficar lotado. O público compareceu em massa para assistir à vitória do Mixto por 3 x 0 contra o Operário.

O alvinegro demonstra força, com o técnico Arildo Berdun. Com contratações certas, e mais a força da camisa e da torcida, o alvinegro entra de vez na briga pelo título do Campeonato Mato-grossense.

O tricolor tristemente mais uma vez decepcionou. E pasmem, chegou ao quarto jogo, sem fazer nenhum gol. Já tomou seis. Triste, mas ainda dá tempo de recuperar, e classificar para a segunda fase.

Mas, escrevo este artigo, para lembrar aos mato-grossenses, que o time que leva o nome da nossa Capital, o Cuiabá Esporte Clube, enfrenta o Ceará, pela Copa do Brasil, nesta quarta-feira (23), às 20h30, no Dutrinha.

Quem gosta de futebol, não pode deixar de comparecer. O time do Cuiabá promete dificultar para a equipe cearense, que conta em seu elenco jogadores como o goleiro Fernando Henrique (ex-Fluminense), Iarley (ex-Corinthians e Internacional) e Júnior (ex-Vitória).

Caso clube da capital vença o jogo, pode ser a chance de a nossa população voltar a acreditar no nosso futebol. Com isso, ganham-se todos. Se ganha o Mixto, o Operário, o Dom Bosco, enfim, todos os clubes tradicionais.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O adeus do craque


Ronaldo é daqueles que tratam a bola como poucos. Seu futebol foi sem sombra de dúvidas um dos melhores da história do esporte mais popular do mundo. Assim como o desempenho dentro de campo sua história de vida também impressiona.

Ronaldo Nazário surgiu para o mundo após um início meteórico no Cruzeiro, contratado junto às categorias de base do modesto São Cristóvão. Em sua primeira temporada como profissional conseguiu uma incrível marca de quase um gol por jogo no disputado futebol brasileiro, definitivamente, nascia um fenômeno.

Após o início meteórico foi convocado por Parreira para a Copa do Mundo de 94, onde apesar de não entrar em campo teve a experiência de entrar na seleção mais poderosa do mundo com o aval de outro craque com todas as letras, Romário. Não há dúvidas de que a participação naquele mundial colaborou e muito para a evolução daquele garoto que estava surgindo.

Por onde passou, à exceção do Milan, onde sofreu com muitas lesões, Ronaldo fez sucesso absoluto, entre equipes coroadas como PSV, Barcelona, Inter de Milão, Real Madrid e Corinthians, foi a estrela de seu time, marcando sempre muitos gols e conquistando títulos.

Sua carreira na seleção também é digna de registro, recheada de polêmicas e recordes, tais como o de maior artilheiro de todas as copas.

No entanto, não é só dentro de campo que Ronaldo é um fenômeno. Sua atuação fora dele sempre foi digna de aplausos. O atacante tinha o dom de fazer tudo aquilo que tocava virar ouro, sendo o jogador mais bem pago do mundo por muitos anos, embaixador da paz pela ONU, e chegou a ser uma das imagens mais lembradas de todo o mundo.

Sua vida pessoal sempre foi tema de noticiário, seja por seu envolvimento com mulheres, que desde cedo sempre foi notícia, até problemas com excesso de peso e baladas. Destaque para a nota triste do escândalo dos travestis, sem dúvidas um dos momentos mais difíceis da brilhante carreira.

Ocorre que o “fenômeno” adorava os momentos “difíceis”, pois adquiriu o reconhecimento de sua capacidade de dar a volta por cima, e, sempre ressurgir maior do que era antes.

Nada melhor do que após um momento como estes o maior camisa 9 de todos os tempos brilhar em um clube de massa em seu país. Depois de uma carreira premiada mundo afora, só lhe restava papel de destaque dentro do futebol brasileiro. E não foi pouco, Ronaldo marcou gols históricos (como aquele por cobertura contra o Santos), trouxe marketing e recolocou o Corinthians em seu lugar, entre os maiores do futebol brasileiro.

Penso apenas ser absurdamente injusta a posição da tão aclamada fiel torcida corinthiana neste momento, crucificar Ronaldo é, com o perdão da expressão, cuspir no prato que comeu. A equipe paulista vinha de um rebaixamento quando da chegada do craque, estando hoje há 2 anos como uma das potências do futebol tupiniquim.

Por fim, cabe aguardar, como será o futebol sem a classe de ronaldo? Qual será a próxima reviravolta na vida deste que foi o maior camisa 9 da história do futebol? Como ficará o Corinthians sem aquele que foi o grande líder do time nos últimos anos? São perguntas que ficam no ar e que somente o tempo se incumbirá de responde-las, mas se tratando de Ronaldo, aguardem porque coisas boas virão. Boa sorte R-9.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ronaldo, o fenômeno


A história dele dentro do campo é digna de filme, se não vai virar agora com a sua aposentadoria. Ronaldo é amado não só no Brasil, mas em todo o mundo. Não só pelo que fez em campo, mas pela superação de vida.

Ele é herói. Herói dos gramados. Tudo o que fez em campo, foi por amor, talvez por isso tenha sido tão bem feito. Gosta de jogar bola. E por causa dela, brigou com o próprio corpo. Por causa dela, foi gênio no que fez.

O menino franzino tentou jogar no Flamengo, seu time de coração. Teve que desistir, pois o rubro-negro não tinha dinheiro para comprar o passe de ônibus para ir ao Centro de Treinamento. Fim da carreira? Ele não sabia, mas este era apenas o primeiro obstáculo que enfrentaria para poder jogar futebol.

Foi jogar no São Cristóvão, aos 14 anos de idade. Lá, dois anos depois, foi vendido ao Cruzeiro, depois de se destacar na Seleção Brasileira sub-17. Aí surge outra característica dele, que viria ser seu apelido: Ronaldo foi um fenômeno.

No Cruzeiro sua passagem foi digna de Pelé. Fez 57 gols em 59 jogos, artilheiro do Campeonato Mineiro, foi convocado para a Copa do Mundo de 1994 com apenas 17 anos e vendido para o PSV, da Holanda, por U$$ 6 milhões, uma fortuna para a época.

Em 1995, no clube holandês, fez 67 gols em 71 partidas. Em 1996, já no Barcelona, faz 34 gols em 37 jogos e é eleito o melhor do mundo, com apenas 21 anos. Em 1997, no Inter de Milão, é eleito mais uma vez o melhor do mundo. Um fenômeno.

A partir de 1998, o mundo assistiu a briga de Ronaldo com o próprio corpo. Depois de ótima Copa do Mundo, horas antes da final contra a França, tem uma convulsão dentro da concentração, mas insiste em jogar. Como era de se esperar, não foi bem, e seu mau desempenho refletiu em toda a equipe: 3 x 0 para a França.

Em 1999, tem várias lesões e machuca o joelho, ficando cinco meses fora. Em abril de 2000, Ronaldo volta aos campos em jogo contra a Lazio, mas em cinco minutos em campo, na hora que “pedala” para cima de um adversário, seu joelho “sai do lugar”, imagem que chocou o mundo todo.

Ele voltaria mais de um ano depois, mas devido a seguidas lesões, o fenômeno tem sua participação na Copa de 2002 contestada.

Mas, Felipão o convoca, e no ano do mundial, ele é o artilheiro da competição, eleito o melhor do mundo mais uma vez, e se transfere para o Real Madrid.

Depois de 2002, a briga de Ronaldo foi com a balança. Depois do Real, ele ainda passaria pelo Milan, onde se lesionou gravemente mais uma vez o joelho, fazendo com que todos duvidassem da sua volta.

Mas sabe aquela vontade de jogar bola que eu falei lá no começo do texto? Pois é, ele ficou mais um ano treinando, e voltou em março, agora para jogar pelo Corinthians.

No time do povo foi fenômeno mais uma vez. Fez muitos gols, e conquistou dois títulos em apenas três meses.

A idade chegou, essa barreira não tem como superá-la. Está na hora de Ronaldo pegar a bola e ir embora para casa.

Antes disso, temos que agradecer pelo o que nos proporcionou. Obrigado, Fenômeno.

Confiram alguns lances dele:

http://globoesporte.globo.com/platb/brasilmundialfc/2011/02/13/o-melhor-do-fenomeno/

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Faltou Corinthians ao time de Tite


Esta expressão usada por um comentarista da Rádio CBN é a melhor para expressar a forma com que o clube jogou na noite de ontem (2) quando perdeu para o Tolima (COL). Ser Corinthians, é dar carrinho, jogar com raça, e ter conhecimento da importância de uma Taça Libertadores da América para a história do clube. Nenhum jogador ali, nenhum, sabia o que era isso. Talvez o goleiro Júlio César, que veio do terrão.
E
lá vem mais um ano de dor de cotovelo. Vendo todos os meus amigos torcerem por seus times na Libertadores, e eu, o único a torcer contra. Quando me perguntam o porquê de não torcer para o clube brasileiro eu digo: dor de cotovelo.

A cada ano que passa, parece que este sonho fica mais distante. Mas com o corintiano tem que ser assim. Eu ainda sou novo, ainda vou ver muitas conquistas, e tenho certeza que no dia que o Corinthians for campeão da Libertadores o grito vai sair muito mais gostoso.

Assim foi em 1977, quando o Corinthians conquistou o seu mais importante título da história, um mero Campeonato Paulista. Depois disso, o alvinegro já conquistou Brasileiros, Copas do Brasil e Mundial. Mas para o corintiano o mais importante é o Paulista.

Sabem por quê? Porque para nós, o título é apenas mais um título. O que importa é o que está por trás dele. No dia que o Corinthians for campeão da Libertadores (esse dia ainda vai acontecer), a conquista vai ser a mais importante da história não pela importância da Taça. E sim pelo sofrimento que é conquistá-la.

A crise agora será grande, e os corintianos provavelmente sofrerão durante o resto do ano. Mas isso sim é Corinthians, além é claro, de ver o time eliminado em mata-mata da Libertadores.